Análise do Novo iPad Pro M5: Vale a Pena o Upgrade?
A discussão sobre o novo iPad Pro com chip M5 traz à tona um debate comum: qual tamanho escolher e se a atualização de processador justifica o investimento.
Chip M4 vs. M5 e Desempenho
Embora o chip M5 traga melhorias notáveis em especificações, o desempenho percebido no uso diário é similar ao do M4. As melhorias prometidas pela Apple incluem:
* CPU: Cerca de 15% de aumento de desempenho.
* GPU: Cerca de 30% de aumento de desempenho.
* Inteligência Artificial: Até 3.5 vezes o desempenho de IA em relação ao M4.
É importante notar que, no caso do iPad Pro, o chip M5 pode não utilizar todos os núcleos disponíveis dependendo da configuração de armazenamento:
* Modelos com 1TB ou 2TB de armazenamento contam com 10 núcleos de CPU e 10 núcleos de GPU.
* O modelo base de 256GB de armazenamento possui 9 núcleos de CPU.
Além disso, a memória RAM base agora é de 12GB (anteriormente 8GB), subindo para 16GB em modelos com 1TB ou 2TB.
Apesar dos números nos benchmarks (como Geekbench 6 e 3DMark) mostrarem melhorias, na prática, para a maioria dos usuários que já possuem um iPad Pro M4, a diferença no uso cotidiano é mínima. A menção aos recursos de Apple Intelligence também não deve gerar expectativas altas, já que a experiência de IA nativa no iPad ainda é limitada.
Diferenças de Hardware e Conectividade
As principais novidades de hardware no iPad Pro M5 incluem:
* Chip N1 de Rádio: Melhorias no Wi-Fi e Bluetooth, incluindo suporte ao Wi-Fi 7 (curiosamente ausente no MacBook Pro M5, que manteve o Wi-Fi 6E).
* Chip C1X: Presente nos modelos com conectividade celular, este chip estreou no iPhone Air.
O Dilema do Tamanho: 11 Polegadas vs. 13 Polegadas
A escolha do tamanho impacta diretamente a usabilidade do dispositivo:
* 11 Polegadas: É considerado mais adequado para o uso como tablet. É confortável de segurar e manusear para anotações.
* 13 Polegadas: É mais desajeitado como tablet puro, parecendo uma “prancheta” se usado na mão. Contudo, ele se sai melhor na função de substituir um notebook ou como monitor auxiliar para projetos especiais.
Ao acoplar o Magic Keyboard, o modelo de 13 polegadas oferece uma área de trabalho maior e mais próxima do tamanho de um MacBook, com um trackpad de bom tamanho, embora o iPad mantenha uma proporção mais quadrada em comparação com notebooks tradicionais. O teclado do modelo de 11 polegadas é ligeiramente menor, o que pode exigir um período de adaptação nas teclas de acesso rápido e acentuação.
É notável que o Magic Keyboard branco, em particular, pode sujar com facilidade. Além disso, vale lembrar que o teclado branco tem retroiluminação que se acende no escuro, enquanto o modelo preto geralmente mantém a iluminação visível devido ao contraste entre as teclas pretas e as letras brancas.
iPadOS 16: O Avanço da Multitarefa
Uma das melhorias mais significativas mencionadas é a introdução de recursos de multitarefa e janelas no iPadOS 16. Embora a ideia de aplicativos em janela seja promissora, a implementação ainda é limitada:
* É possível colocar aplicativos em janela, mas a otimização de escalonamento (o quão bem o conteúdo se ajusta aos diferentes tamanhos de janela) ainda é um desafio.
* Colocar mais de duas janelas confortavelmente pode levar à perda de informações na tela.
Apesar disso, é um passo na direção certa para um dispositivo que busca se aproximar da funcionalidade de um desktop.
Acessórios Essenciais
Para quem opta pelo modelo de 13 polegadas e deseja usá-lo como um substituto de notebook, o Magic Keyboard e a Apple Pencil Pro são acessórios quase essenciais para completar a experiência.
Considerações Finais
O iPad Pro M5 oferece melhorias incrementais de performance e conectividade sobre o M4. Se você está atualizando de um modelo anterior ao M4, o salto em tela (Tandem LED OLED) e design ultrafino (5.5mm) do M4/M5 pode justificar a compra. No entanto, a transição de um M4 para o M5 não parece ser um upgrade que se justifique pelo ganho de desempenho perceptível no dia a dia.
O Liquid Glass, tecnologia antirreflexo da tela, foi mencionado como uma “firula”, com a opção de desabilitá-la em betas recentes do sistema operacional. Para quem busca um visual mais fosco, uma película protetora fosca cumpre a mesma função.
Em suma, o iPad Pro continua sendo uma ferramenta poderosa, mas com um sistema operacional que ainda está em evolução para realmente substituir um MacBook, especialmente por conta das restrições de escalonamento de janelas e limitação de softwares profissionais.






