Análise do Realme 14 Pro Plus: Teste da Traseira Termocromática e Performance
O Realme 14 Pro Plus chegou com uma característica de design bastante peculiar: uma traseira que muda de cor, um recurso que exige um teste mais aprofundado para entender sua funcionalidade e impacto na experiência geral do usuário.
Embora a mudança de cor não seja um diferencial extremamente relevante na usabilidade diária, ela se destaca em um mercado onde os aparelhos tendem a ser muito semelhantes em design. Este artigo detalha o processo de teste dessa funcionalidade e avalia o desempenho do dispositivo.
O Teste de Mudança de Cor
Para vivenciar completamente a capacidade do celular de mudar de cor, ele foi colocado no freezer. O objetivo é fazer com que a parte traseira, que possui um material termocromático, fique bem proeminente com a cor alterada enquanto o aparelho está frio.
Enquanto o celular esfriava, foram apresentadas as especificações técnicas:
- Peso: 194g a 195g.
- Construção: Frente em vidro e traseira em plástico (necessário para a troca de cor).
- Proteção: Gorilla Glass de reforço.
- Resistência: Certificação IP68 e IP69 (alta pressão e imersão), alegadamente mais resistente que o padrão militar normal.
- Tela: OLED de 120 Hz, resolução de 1272 x 2800 pixels. Para os testes de performance, a resolução e a taxa de atualização foram reduzidas para 60 Hz para otimizar os resultados.
- Processador: Snapdragon 7SG em 3.
- Câmeras: Principal de 50MP, zoom de 3x com 50MP, ultra-wide de 8MP e frontal de 32MP.
- Bateria: 6.000 mAh com carregamento rápido de 80W.
Testando a Performance sob Estresse
A ideia era rodar um benchmark para ver o quão potente o aparelho é e, simultaneamente, observar como o aquecimento gerado pelo teste afetaria a cor da traseira.
O teste inicial foi com o Geekbench 6, rodado com o celular ainda bem frio:
- Single Core: 1192 pontos.
- Multi Core: 3269 pontos.
No entanto, o objetivo principal era forçar o aquecimento para ver a mudança de cor. Para isso, foi utilizado o 3D Mark, especificamente o Slingshot Extreme Stress Test, que é projetado para gerar muito calor.
Após iniciar o teste de estresse, foi perceptível que o aparelho começou a perder a cor azul intensa, indicando que o efeito termocromático estava reagindo ao calor gerado pelo processamento intenso. Apesar de o efeito não ser tão drasticamente visível a olho nu ou através da câmera quanto se esperava, a transição de cor foi capturada em timelapse.
Durante o teste de estresse, o Realme 14 Pro Plus estava rodando a uma taxa média de 2 a 3 quadros por segundo no segundo loop, indicando que ele não é um chip voltado para jogos pesados.
Análise da Estabilidade Térmica
Após 20 rodadas do teste de estresse no 3D Mark, o celular manteve uma estabilidade térmica e de desempenho impressionante para um intermediário:
- Estabilidade de Desempenho: 99%.
- Variação de Temperatura: Aumento de apenas 20º a 30º Celsius (muito estável, comparado a outros dispositivos que chegam a 60º em testes similares).
Essa estabilidade térmica é um ponto positivo, pois um celular que aquece menos tende a ter maior longevidade, mesmo que sua performance máxima não seja a de um topo de linha.
Para fins de comparação de performance, o teste foi feito contra outros modelos:
- O Edge 50 Ultra, um topo de linha, demonstrou um desempenho cerca de três vezes maior que o Realme.
- O Edge 50 Neo (com MediaTek Dimensity 7300), que possui hardware mais comparável, ficou com pontuações ligeiramente inferiores ao Realme no teste de estresse, mas ambos se mostraram próximos em pontuação geral.
A Experiência Visual da Traseira
O efeito de mudança de cor é mais notável quando o aparelho está muito frio. Ao colocar um cubo de gelo diretamente na traseira, a área resfriada instantaneamente adquire a tonalidade azul, demonstrando a física do material.
É notável que o efeito é mais um fator estético e de curiosidade do que uma funcionalidade prática. A capacidade de mudança de cor é divertida para mostrar aos amigos, mas não tem utilidade no dia a dia. Seria mais interessante se o celular exibisse uma gama de cores conforme a temperatura variasse sutilmente, como os anéis do humor, mas neste caso, a mudança é basicamente entre o azul (frio) e a cor original (temperatura ambiente).
Ao ser exposto novamente ao calor, a cor azulada se dissipa rapidamente, retornando ao tom original.
Comparativo Final
O Realme 14 Pro Plus, como intermediário, oferece uma experiência visual única com sua traseira termocromática. Em termos de desempenho, ele se mostrou estável, especialmente na gestão térmica, mantendo 99% de estabilidade no teste de estresse intenso, o que é excelente.
Em relação ao design, o aparelho da Realme consegue replicar a aparência de um topo de linha, o que contrasta com o design mais “intermediário” do Edge 50 Neo, apesar de possuírem chips com performance similar em alguns aspectos.
A bateria de 6.000 mAh com tecnologia silício carbono é um diferencial importante na sua categoria.
Perguntas Frequentes
- O que é a tecnologia termocromática na traseira do celular?
É um material especial aplicado na parte traseira do aparelho que muda de cor em resposta a variações de temperatura, como o resfriamento ou aquecimento. - É possível usar a mudança de cor do celular no cotidiano?
Não. É um recurso puramente estético e curioso, sem utilidade prática direta para o uso diário do smartphone. - Qual a performance do processador Snapdragon 7SG em 3 nos testes de estresse?
O processador demonstrou boa estabilidade térmica, mantendo 99% de estabilidade de desempenho em testes pesados, apesar de não ser um chip voltado para desempenho máximo em jogos. - Qual a capacidade da bateria do Realme 14 Pro Plus?
Ele possui uma bateria de 6.000 mAh, utilizando a tecnologia mais recente de silício carbono. - Como a estabilidade térmica afeta a longevidade do aparelho?
Celulares que gerenciam bem o calor tendem a ter componentes internos mais preservados, o que pode resultar em maior durabilidade do dispositivo ao longo do tempo.
