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A Motorola, há cerca de 8 ou 9 anos, lançou uma linha de telefones extremamente finos, que se diferenciava pela possibilidade de acoplar diversos módulos magneticamente na traseira, como projetores, caixas de som e câmeras. Neste artigo, vamos explorar o que foram os módulos magnéticos para a linha Moto Z, utilizando especificamente um Moto Z2 Force como exemplo.
A Filosofia Modular dos Moto Z
O design do Moto Z2 Force é notavelmente fino. A ideia por trás desses aparelhos não era que eles fossem usados sempre com um módulo acoplado no bolso. Pelo contrário, o dispositivo funcionava perfeitamente sozinho. Os módulos eram opcionais, criados para complementar a experiência do usuário de acordo com seu gosto e necessidade do momento, adicionando espessura apenas quando utilizados.
Embora a LG (com o LG G5 ou G4) e o Google também tenham explorado o conceito de celulares modulares, foi a Motorola quem manteve essa linha de produtos por várias gerações, abrangendo modelos como o Moto Z original, Moto Z Play, Moto Z2 Force, Moto Z3 e Moto Z4. Todos esses aparelhos eram compatíveis com os mesmos módulos.
Os módulos se conectavam magneticamente e utilizavam pinos expostos na traseira do telefone para a conexão lógica e alimentação elétrica.
O Módulo de Câmera: Hasselbladt (Rela BL True Zoom)
Um dos módulos em destaque é um acoplamento de câmera de uma grife de lentes (mencionada como Rela BL, que celebrava 75 anos de “Inspirando Criatividade”). Este módulo específico não foi lançado junto com o aparelho, mas logo em seguida, por volta de 2016.
Quando o módulo é conectado, ele cobre a câmera principal do celular com um acolchoamento traseiro. A comunicação e energia entre o módulo e o telefone ocorrem através dos pinos de conexão.
Ao conectar um módulo, uma configuração aparece na tela. No caso do Moto Z2 Force com Android 9, ao acessar a central de gerenciamento de módulos (chamada de Moto Z Mods ou Moto Snaps no Brasil), as opções exibidas eram limitadas, como Motoações, display e voz.
Uma característica interessante do Android stock presente neste aparelho, mesmo sendo antigo (cerca de 7 anos de idade na época da análise), é o recurso de múltiplos usuários. Esta função, que permitia ter perfis separados com aplicativos e configurações distintas, foi retirada de muitos aparelhos modernos, mas persistia no Android mais próximo do Google, como o presente no Z2 Force.
A nomenclatura “Moto Mods” era usada internacionalmente, mas no Brasil, devido a associações de marca, o termo foi adaptado para Moto Snaps.
Gerenciamento dos Módulos
O aplicativo Moto Mods Manager permite gerenciar os acessórios conectados. No aparelho em teste, estava conectado o módulo Rela BL True Zoom.
O gerenciador oferece opções como informações sobre o módulo (about mod), atualizações de software e um tutorial de uso. No caso do módulo de câmera, o tutorial descrevia o zoom óptico de 10x e o flash Xenon, características que eram grandes diferenciais nos camera phones da época (em contraste com o flash LED atual).
O botão físico do módulo de zoom possui duas etapas, padrão em câmeras antigas: pressionar levemente para focar e pressionar até o fundo para tirar a foto.
Módulos de Bateria e Som
Um dos primeiros módulos lançados foi o de bateria. O módulo em demonstração era o Moto Power Pack.
O sistema de gerenciamento de bateria permite ao usuário escolher quando carregar o módulo, sob demanda. Uma lógica avançada já presente naquela época era a otimização para a vida útil da bateria: se configurado no modo eficiente, o carregamento parava em 80% para preservar a saúde da bateria do módulo.
Outro módulo notável é o de áudio, o Soundboost 2 JBL. Este módulo possui alto-falantes laterais e, ao ser conectado, o telefone passa a emitir som por ele. Era impressionante a capacidade de expansão sonora oferecida.
Módulo Projetor (Insta Share Projector)
O módulo projetor também foi testado. Ele conta com um ventilador interno para dissipar o calor da lâmpada de projeção e possuía engrenagens para ajuste fino de foco e nitidez.
No entanto, devido à versão internacional do aparelho e a incompatibilidade regional dos aplicativos (que aguardavam o “Moto Snaps” brasileiro), o módulo projetor apresentou dificuldades para funcionar corretamente, travando após exibir brevemente a tela projetada. O mesmo ocorreu com o módulo de TV digital, que exigia alterações regionais no software para operar plenamente.
Módulos Avançados: 5G e Impressora
Existia um módulo 5G que permitia que celulares como o Z2 (que não eram 5G nativamente) acessassem a rede. Além disso, havia o Polaroid Insta Share Printer, que funcionava como uma impressora portátil acoplada, permitindo imprimir qualquer foto da galeria do celular, não apenas as capturadas por ele.
A modularidade dessa época era ambiciosa e demonstrava uma visão diferente sobre a evolução dos smartphones, embora a compatibilidade regional e a complexidade de software tenham sido barreiras para a manutenção do conceito.
Perguntas Frequentes
- O que eram os Moto Mods da Motorola?
Eram acessórios modulares, como baterias, câmeras avançadas, caixas de som e projetores, que se conectavam magneticamente à traseira de smartphones específicos da linha Moto Z. - Qual a principal vantagem do sistema Moto Mod?
A principal vantagem era a capacidade de expandir as funcionalidades do smartphone sob demanda, mantendo o corpo do telefone fino quando os módulos não estavam acoplados. - Os módulos eram compatíveis com todos os celulares Moto Z?
Sim, a Motorola garantiu a compatibilidade dos mesmos módulos com as gerações subsequentes da linha Moto Z (Z1, Z2, Z3, Z4). - Por que os nomes “Moto Mods” e “Moto Snaps” coexistiam?
“Moto Mods” era o nome global, mas no Brasil, devido a conflitos de marca ou registro, o termo foi adaptado para “Moto Snaps”. - É possível encontrar e usar os Moto Mods hoje?
É muito difícil, pois são itens de colecionador e muitos acessórios dependem de software e aplicativos desatualizados ou específicos para a região correta para funcionar.
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