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Apresentamos a placa de vídeo GeForce RTX 5090, um dos lançamentos mais aguardados, especialmente o modelo Supreme Liquid da MSI. Este modelo específico chamou a atenção por seu design, que lembra aço escovado, e por ser uma versão com watercooler integrado e um radiador de 360 mm.
Antes de mergulharmos nos testes, é importante notar que esta placa, na época do lançamento, tinha um custo bastante elevado no Brasil, chegando a R$ 23.000. Nos Estados Unidos, o preço sugerido (MSRP) era de $2.000, mas os preços de mercado estavam mais altos, por volta de $3.000.
Unboxing da MSI RTX 5090 Supreme Liquid
A caixa é notavelmente grande, justificando o valor e a complexidade do produto. O design externo do modelo Supreme é um destaque, sendo considerado mais elegante que outras linhas, como a Expert. O modelo em questão é a Supreme Liquid, a versão top de linha da MSI com resfriamento líquido, que inclui um radiador de 360 mm.
Ao abrir a embalagem, percebemos a engenharia do papelão, que é dividida em duas partes para acomodar a placa e o radiador. O radiador já vem com os três fans de 120 mm instalados.
Detalhes da Embalagem e Conexões
O manual de instruções contém especificações técnicas relevantes, como a compatibilidade com PCI Express 5.0 e a necessidade de, no mínimo, 1.5 GB de espaço em disco para os drivers (que pesam quase 2 GB). Curiosamente, o manual ilustra portas antigas como VGA e DVI, um contraste com a natureza premium da placa.
Em relação às conexões de vídeo, a placa segue o padrão moderno com três Display Ports e uma porta HDMI.
Um ponto de atenção no unboxing foi a presença de um feedback visual de encaixe no conector PCI Express. A MSI implementou um detalhe em cor de marca-texto amarelo: se você enxergar um pouco desse amarelo no conector, significa que o cabo não está 100% encaixado. Isso serve como um alerta visual para evitar problemas de conexão que podem levar a superaquecimento ou derretimento dos cabos, como visto em incidentes anteriores com conectores de alta potência.
Design e Resfriamento Líquido
O design da Supreme é muito elogiado, com uma estrutura toda em metal, dando uma aparência sofisticada. Apesar de ser um modelo com watercooler, ela é relativamente compacta, ocupando apenas dois slots de gabinete, mas é essencial ter espaço para o radiador de 360 mm.
O sistema de resfriamento é composto por um bloco sobre a GPU que inclui a bomba e leva o líquido para o radiador. Há também um pequeno fan (cerca de 80mm a 100mm) na própria placa para ajudar no resfriamento dos componentes internos do PCB.
A placa conta com iluminação RGB em três zonas: a inscrição “Supreme” na parte superior, uma faixa lateral próxima ao fan e um detalhe com o logo da linha Supreme na lateral. Todo o controle de iluminação é feito via software MSI Center, que gerencia o Mystic Light.
Conector de Energia
A placa utiliza o novo conector PCI Express 5.1 (12VHPWR), que permite um consumo de até 600W por cabo. A MSI fornece um adaptador que converte quatro slots PCI Express de 8 pinos para este novo conector, necessário visto que a especificação técnica indica um consumo de até 575W, podendo ultrapassar 600W em alguns cenários de uso.
Primeiros Testes e Consumo de Energia
Para os testes iniciais, a placa foi instalada em um gabinete MasterFrame 700 da Cooler Master, emparelhada com um processador 9800X3D e uma placa-mãe MSI Carbon X870. A fonte utilizada foi uma Thermaltake ToughPower GF A3 de 1200W, recomendada para alimentar com segurança uma 5090, ultrapassando o mínimo de 1000W recomendado pela NVIDIA.
Consumo em Standby e Inicial
Em standby (apenas com o Windows aberto), a placa consome entre 20W e 60W. Ao interagir com a interface, o consumo sobe para cerca de 60W. No modo Gaming (ativado via chave seletora, após reiniciar a máquina), o clock máximo do GPU atingiu 2.565 GHz.
Em testes de estresse, como o 3DMark, o consumo rapidamente ultrapassou os 600W, chegando a registrar picos de 625W apenas pelo cabo PCI Express 5.1, sem contar a alimentação do slot da placa-mãe. Isso reforça a necessidade de fontes robustas.
Temperatura sob Carga
O sistema de resfriamento líquido se mostrou muito eficiente. Em um benchmark de estresse:
- A temperatura da GPU (pico) foi de 63°C.
- A memória atingiu 78°C (pois não possui resfriamento líquido direto, dependendo do fan auxiliar).
- A temperatura do bloco de conexão do cabo PCI Express 5.0 atingiu picos alarmantes de 72°C, com um ponto específico chegando a 70.4°C / 71°C / 72°C. Este é um dado que gera preocupação sobre a integridade dos cabos e adaptadores sob carga máxima.
Na análise térmica da mesa, o calor irradiado pelo radiador da GPU era notável.
Especificações Técnicas da RTX 5090
O salto de performance da geração Blackwell (série 50) em relação à anterior (série 40) é notável em alguns aspectos:
- Núcleos CUDA: Aumento de 16.384 (4090) para 21.760.
- Memória: Única a receber upgrade significativo, passando de 24 GB GDDR6 (4090) para 32 GB GDDR7 na 5090. Modelos inferiores, como a 5080, mantêm 16 GB.
- Ray Tracing: Aumento de 191 TFLOPS para 318 TFLOPS.
- Tensor Cores (IA): Quase triplicou o poder de processamento de 1321 trilhões de operações/segundo para 3352 trilhões de operações/segundo, indicando o foco da arquitetura em Inteligência Artificial e tecnologias como o DLSS 4 (Multiframe Generation).
- Conectividade: Suporte a 4K a 480Hz (anteriormente 4K a 240Hz) e 8K a 165Hz.
- Encoders NVENC: A 5090 possui um terceiro Encoder de vídeo, enquanto outros modelos da série 50 (como a 5070) possuem apenas um ou dois (como a 5080).
- Suporte a Cor: Suporte ao padrão 4:2:2.
Testes de Renderização (DaVinci Resolve Studio)
Utilizando a versão Studio do DaVinci Resolve, que aproveita melhor o hardware NVIDIA, um vídeo de 10 minutos em 4K foi exportado no codec AV1 com aceleração de hardware (NVENC). Com a timeline limpa (sem efeitos ou correção de cor pesada), a taxa de renderização atingiu cerca de 367 quadros por segundo, similar ao visto em testes com a 5080 na mesma resolução. Em 4K (3840×2160), a taxa foi de 260-265 qps.
Notou-se que, durante o processamento de vídeo, a placa é mais comportada em consumo e temperatura do que em testes de estresse puramente gráficos.
Considerações Finais e Problemas Encontrados
Apesar da performance excelente do sistema de resfriamento líquido da MSI, que manteve a GPU em média a 62°C em testes de estresse, houve problemas de estabilidade durante os testes iniciais.
Foram relatados travamentos e perda de sinal de vídeo (tela pixelizada) ao executar testes mais pesados, como o Speed Way do 3DMark (que utiliza Ray Tracing intenso), especificamente quando o sistema estava configurado com processadores AMD (9800X3D). Em sistemas Intel (Core Ultra e 14900K), o problema não causou o travamento total do sistema, embora os testes mais pesados ainda falhassem.
Isso sugere uma possível instabilidade de drivers ou um defeito na unidade específica recebida para análise, algo que se esperava ser corrigido com atualizações futuras de software.
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Perguntas Frequentes
- Qual a principal diferença de memória entre a RTX 5090 e a 5080?
A RTX 5090 traz 32 GB de memória GDDR7, enquanto a RTX 5080 (e modelos inferiores) mantém 16 GB de memória em relação à geração anterior. - O que significa o feedback visual amarelo no conector de energia?
É um recurso de segurança da MSI que indica que o conector de energia PCI Express 5.1 (12VHPWR) não está 100% encaixado, servindo como alerta para prevenir superaquecimento do cabo. - Qual o consumo máximo de energia reportado pela placa?
O consumo especificado pela NVIDIA é de até 575W, mas nos testes de estresse, a placa ultrapassou 620W através do conector de energia, sendo um valor muito alto para o padrão de 600W do cabo. - Como o sistema de resfriamento líquido afeta o desempenho térmico?
O sistema com radiador de 360mm na MSI Supreme Liquid manteve a GPU em uma temperatura média excelente de 62°C durante testes de estresse, mostrando alta eficiência no controle da GPU. - Qual a vantagem dos encoders NVENC extras na 5090?
A 5090 possui três encoders NVENC, um a mais que os modelos anteriores, o que pode acelerar significativamente o tempo de renderização de vídeos, especialmente no codec AV1, sendo um benefício notável para profissionais de audiovisual.
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