Acompanhando um Lançamento Espacial Histórico: Detalhes da Missão e Eventos Críticos
Este artigo detalha a sequência de eventos de um lançamento espacial, desde a contagem regressiva até as fases críticas de voo e a aterrissagem. A jornada é marcada por momentos de alta pressão e inúmeras verificações de sistemas, culminando em um desempenho notável dos estágios do foguete.
Início da Ascensão e Max Q
A contagem regressiva se completa, e o lançamento ocorre com grande aclamação. Pouco depois do impulso inicial, os motores entram em pleno funcionamento, acompanhados por um período de intensa emoção e aplausos.
Cerca de 1 minuto e 15 segundos após o lançamento, a contagem indica que a missão se aproxima do Max Q, o ponto de máxima pressão dinâmica. Este é o momento de maior estresse estrutural e de velocidade para o veículo. Observa-se um bom controle do veículo (Mark control) durante essa fase exigente.
A transmissão informa que, em 1 minuto e 30 segundos, o veículo ultrapassa Mach 1, tornando-se supersônico. Os parâmetros operacionais dos motores continuam a apresentar bom desempenho em empuxo máximo, confirmando que o veículo está superando o Max Q com sucesso.
Verificações de Sistemas e Separação de Estágios
Momentos depois, a 1 minuto e 45 segundos, os dados de vibração são confirmados como nominais, e o controle nas superfícies de manobra (MR e CDC) é elogiado como excelente.
Com aproximadamente 2 minutos restantes na fase de propulsão do primeiro estágio (boost phase), a equipe informa que o evento seguinte será o MECO (Main Engine Cut Off). Após o MECO, uma sequência de eventos levará à separação do primeiro estágio do segundo. O primeiro estágio iniciará então sua jornada de retorno para pouso.
Aproximadamente 30 segundos antes do MECO, a telemetria indica que os satélites a bordo estão a caminho de Marte, e a trajetória continua favorável. A qualidade dos dados recebidos do veículo é considerada excelente. Os sete motores continuam operando de forma nominal.
Em seguida, ocorre o MECO. Após a confirmação do MECO, a equipe relata:
- Boa configuração de estágio confirmada.
- Boa separação de estágio confirmada.
- Ignição confirmada no estágio dois.
Os parâmetros dos motores do estágio dois também estão bons, e os dois motores (EPU) se comportam de maneira adequada no ponto de verificação de alto empuxo.
Voo do Estágio Superior e Retorno do Booster
Três minutos e 43 segundos após o início do voo, a missão avança. Quatro minutos após a ignição do estágio 2 (AG2), o sistema indica boa indicação de congestionamento de carga útil (payload congestion). Os motores E3U continuam operando bem, e dados de ambos os estágios são recebidos com boa qualidade.
No marco de 9 minutos de queima para o PS2, a equipe menciona que espera o pouso do primeiro estágio em Jacqueline em aproximadamente 9 minutos.
Aproximadamente 2 minutos restantes na fase de costa do GS1, o veículo está a 320 km de distância e viajando a 2.88 km/s. A trajetória permanece boa em ambos os estágios. A separação da carenagem (fairing) e do estágio é descrita como limpa. Os parâmetros operacionais dos motores no GS2 continuam bons, e o GS está tendo um “belo passeio”. Os satélites Escapade da NASA estão a bordo.
O primeiro estágio (GS1) inicia sua descida para pouso. Neste momento, o GS1 está a mais de 9 minutos de voo.
Reentrada e Pouso do Booster
Um minuto restante na costa do GS1. Dados de ambos os estágios continuam chegando bem, e as taxas de corpo (body rates) em ambos parecem boas. Os motores 3U também estão com bom desempenho.
Em seguida, o evento importante é a confirmação de TV (indicativo de reentrada) e a ignição dos motores BE4 para a queima de reentrada do GS1, completando o giro aerodinâmico (exo turn).
O veículo está a cerca de 300.000 pés de altitude, a menos de 100 km, preparando-se para o pouso em “Jaclyn” (a zona de pouso), a 375 milhas náuticas (offshore). A expectativa é de ver o primeiro pouso do booster New Glenn na Jaclyn.
Observa-se a continuação das taxas de corpo no GS1 e a queima de reentrada do booster confirmada, com ignição em todos os três motores. A equipe expressa que, independentemente do que aconteça a seguir, o dia já foi um sucesso, superando o desempenho do primeiro voo (NG1).
A indicação de ignição do motor no GS1 é confirmada, com parâmetros de motor permanecendo bons. Cerca de um minuto e meio após a confirmação de ignição, aguarda-se o corte do motor (confirm engine cut off).
O booster começa a se posicionar horizontalmente. As aletas (strakes) na base do booster fornecem sustentação, permitindo que ele “voe” até o pouso. As aletas frontais (Ford fins) e o sistema de controle de reação (RCS), juntamente com os motores B4, são usados para orientar o foguete. O veículo começa a se inclinar para baixo.
Sistemas do GS1 e GS2 continuam com bom desempenho. O GS2 completa a redução de empuxo (throttle down).
Pouso
Aos 8 minutos e 20 segundos de voo, a ignição para o pouso do booster ocorre, com três motores funcionando bem. O controle do motor de pouso do booster é monitorado.
O pouso do booster é alcançado, seguido por aplausos e gritos de comemoração. Os sistemas do GS1 e GS2 continuam com bom funcionamento.
O voo continua, e o artigo conclui com a confirmação de um pouso “Perfeito”.
Perguntas Frequentes
- Como é determinado o ponto Max Q?
O Max Q é o ponto de máxima pressão dinâmica que o veículo experimenta durante a subida, sendo o momento de maior estresse aerodinâmico. - O que significa MECO?
MECO é a sigla para “Main Engine Cut Off” (Corte do Motor Principal), o evento que marca o fim da queima do primeiro estágio. - Qual é o objetivo da queima de reentrada (re-entry burn)?
A queima de reentrada utiliza os motores BE4 para desacelerar o primeiro estágio e prepará-lo para a reentrada atmosférica controlada, auxiliando no controle da trajetória de pouso. - É possível pousar o booster em movimento horizontal?
Sim, a utilização de aletas (strakes) e sistemas de controle de reação permite que o booster atinja uma posição quase horizontal para planar e pousar verticalmente. - Qual a importância dos sistemas de controle (MR e CDC)?
MR e CDC referem-se aos sistemas de controle de atitude e direção que garantem que o foguete mantenha a trajetória correta, especialmente durante as fases de alta velocidade.
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