Análise do MacBook Pro com Chip M5: O que mudou no modelo de entrada?
A chegada do MacBook Pro com o novo chip M5, acompanhado de 16 GB de memória RAM, levanta a questão: o que este modelo de entrada oferece em comparação com as gerações anteriores? Em minha opinião, um MacBook Pro de 14 polegadas não deveria vir com um chip M “nada”. Mesmo assim, vamos explorar as novidades e as características deste lançamento.
Para referência, as pontuações iniciais observadas no teste single-core foram de 4.276 pontos, e no multicore, 17.961 pontos.
Este artigo detalha o *unboxing* e as primeiras impressões sobre este produto, que é o primeiro com chip M5 a ser apresentado nesta série de análises. Além dele, outros produtos com M5, como o iPad Pro e o Vision Pro, serão abordados em publicações futuras. O foco inicial é entender o que mudou — e o que permaneceu igual — no MacBook Pro.
Configuração e Especificações do Modelo Analisado
O modelo específico em análise é o MacBook Pro de 14 polegadas com chip M5, 16 GB de memória RAM e 512 GB de armazenamento.
É importante notar uma distinção crucial no lançamento:
* O modelo de 14 polegadas é o único que recebe o chip M5 (o modelo de entrada).
* O modelo de 16 polegadas *não* possui o chip M5; ele é configurado apenas com os chips M5 Pro ou M5 Max.
Curiosamente, a Apple lançou apenas o chip M5 “nada” neste momento, sem opções de M5 Pro ou M5 Max para o modelo de 14 polegadas.
Uma atualização notável no armazenamento é que as opções agora se estendem até 4 TB, o que representa uma melhoria em relação à geração anterior, onde seria necessário optar pelo M4 Pro ou M4 Max para maiores capacidades.
Detalhes da Experiência de Unboxing
A experiência de *unboxing* segue o padrão anterior. O design físico do *notebook* não apresenta alterações visuais em relação à geração anterior, mantendo as mesmas portas e conectividades externas.
Ao abrir a caixa, percebe-se que a experiência da embalagem, feita com materiais reciclados, segue o mesmo padrão. O modelo analisado é o prateado, que é menos suscetível a riscos visíveis de arranhões em comparação com o Space Gray, cuja pintura pode expor o alumínio mais claro sob riscos.
Um ponto a ser destacado é a inclusão do carregador na caixa nos Estados Unidos, que veio com 70W (embora o modelo anterior, M4 Pro, viesse com 140W). Em contraste, em países da União Europeia, o carregador não acompanha a caixa devido a uma antecipação da Apple a uma legislação futura sobre a venda de eletrônicos sem carregador.
Ao ligar o aparelho e passar pela configuração inicial (incluindo a introdução com o Liquid Glass, que aparentemente está com problemas no macOS atual), notamos que a experiência visual e sonora permanece consistente com o modelo anterior.
Comparativo M5 vs. M4 Pro: Desempenho e Arquitetura
A grande questão reside no chip M5. É fundamental esclarecer que o chip M5 (de entrada) é inferior ao M4 Pro. A linha de produtos parece confundir o mercado, pois historicamente os chips mais novos eram introduzidos primeiro nos modelos Air, e depois nos Pros.
O MacBook Pro M5 oferece, em relação ao M4 base:
* Mais 2 núcleos de GPU (passando de 8 para 10 núcleos no total).
* A CPU possui 10 núcleos, e a GPU, 10 núcleos.
* Utiliza um novo processo de fabricação de 3 nanômetros de terceira geração.
* Introduz novos aceleradores neurais (Neural Accelerators) em cada núcleo da GPU, vistos primeiro nos chips dos iPhones 17. A Apple promete um poder computacional de IA quatro vezes maior que o M4.
* Aceleração de hardware para *ray tracing*.
* Aumento de 30% no desempenho gráfico geral e 45% no desempenho quando focado em *ray tracing*.
Resultados de Benchmarks
Nos testes de *benchmarks*, os resultados foram os seguintes:
* **Geekbench 6 (Single-Core):** 4.276 pontos. O *clock* reportado é de 4.6 GHz, um aumento de 200 MHz em relação ao M4.
* **Geekbench 6 (Multi-Core):** 17.961 pontos.
Ao comparar o M5 com o MacBook Pro M4:
* **Desempenho Single-Core:** Aumento de 14%.
* **Desempenho Multi-Core:** Aumento de 21%.
Estes números estão alinhados com as promessas da Apple.
No **GPU (OpenCL):**
* 48.511 pontos, representando um aumento de 28% em relação à geração anterior (M4).
No **GPU (Metal):**
* 76.231 pontos, um aumento de 32% sobre a geração anterior.
M5 vs. M4 Pro
A comparação com o M4 Pro (que possui 12 núcleos de CPU e 16 núcleos de GPU) mostra que:
* **Single-Core:** O M5 ganha, com cerca de 4.200 pontos.
* **Multi-Core:** O M4 Pro é 12% mais rápido que o M5, dada a maior contagem de núcleos.
* **GPU:** O M4 Pro é 24% mais rápido no OpenCL e 29% mais rápido no Metal, devido à superioridade na contagem de núcleos da GPU.
No benchmark 3DMark Steel Nomad Light (render 3D), o M5 alcançou entre 5.300 e 5.400 pontos, um aumento de 40% em relação ao M4 (com 10 núcleos de GPU), mas 25% inferior ao M4 Pro (com 16 núcleos de GPU).
Isso indica que, embora o M5 seja superior ao M4, ele ainda fica atrás do M4 Pro em tarefas que exigem poder computacional bruto e maior contagem de núcleos.
Outras Considerações e Conclusão
Alguns pontos adicionais importantes sobre o M5 no MacBook Pro:
* **Bateria:** A autonomia segue a promessa da Apple, de até 24 horas de duração (experiencialmente, entre 15 e 20 horas). A bateria consegue entregar toda a potência necessária para o chip, mesmo sem estar plugado na tomada.
* **Wi-Fi:** A maior decepção é a ausência do Wi-Fi 7; ele mantém o Wi-Fi 6E, assim como a geração anterior. Esperava-se a integração do novo chip de conectividade, presente nos iPhones atuais.
* **Experiência Externa:** Design, portas, botão *touch ID* e tela (resolução, taxa de atualização LCD 60Hz) permanecem inalterados, exceto pela opção de tela fosca com nanotextura, que custa um valor adicional.
Em resumo, o MacBook Pro M5 é uma boa máquina de entrada, melhor que o M4, oferecendo uma tela mini LED superior ao MacBook Air e excelente autonomia. Contudo, para quem busca o máximo desempenho, as opções M4 Pro ou M4 Max ainda são mais indicadas, especialmente considerando o preço deste novo modelo de entrada. Para quem já possui um MacBook Pro a partir do M1 Pro, o *upgrade* para o M5 não parece ser justificado neste momento.






