Desafios com o iPhone 15 Pro Max: Durabilidade e Problemas de Carregamento
O artigo de hoje aborda um tópico que pode ser considerado polêmico: a experiência de uso com o iPhone 15 Pro Max, especialmente em comparação com o modelo anterior, o 14 Pro Max. Enquanto o 15 Pro Max está em uso há cerca de dois anos (no momento da análise), o 14 Pro Max, que está visivelmente danificado na traseira, demonstrou uma durabilidade de bateria superior até o momento.
A intenção é compartilhar os problemas enfrentados com o 15 Pro Max, incluindo questões de durabilidade da bateria e falhas em componentes internos, contrastando com a experiência mais tranquila com o 14 Pro Max, que, apesar de antigo, não gerou tantas dores de cabeça.
Existe uma percepção comum de que a Apple oferece produtos impecáveis que duram muito tempo, mas a realidade, como em qualquer grande fabricante, é que certas gerações podem apresentar falhas em componentes internos que acabam prejudicando o usuário, frequentemente quando o aparelho já está fora do período de garantia. Um aparelho caro, como o iPhone, com pouco tempo de uso (menos de dois anos, comprado em setembro de 2023), não deveria apresentar falhas significativas.
Problemas Crônicos no iPhone 15 Pro Max
Analisando os problemas enfrentados com o 15 Pro Max, podemos elencar as seguintes questões:
- Superaquecimento Inicial: Logo após o lançamento, o aparelho apresentava um aquecimento excessivo, especialmente ao rodar jogos ou aplicativos mais pesados. Isso levanta preocupações sobre o desgaste prematuro de componentes internos. Embora um update da Apple tenha aparentemente resolvido essa questão, é possível que esse superaquecimento inicial tenha causado danos subsequentes.
- Problemas de Carregamento Físico (USB-C): Em um período durante o primeiro ano de uso, o carregamento via cabo USB-C se tornou intermitente. O aparelho parava de reconhecer o cabo em alguns momentos. Por um período, ele só funcionava com o carregamento por indução (MagSafe). Felizmente, o carregamento físico voltou a funcionar sozinho após algum tempo, o que evitou a necessidade de acionar a garantia naquele momento.
- Falha no Carregamento MagSafe: Recentemente, após cerca de dois anos de uso, o carregamento MagSafe parou de funcionar completamente. Como o aparelho já está fora da garantia padrão, isso representa um custo adicional de reparo.
Durabilidade da Bateria e Comparativo com o 14 Pro Max
Um dos pontos mais decepcionantes é a saúde da bateria do 15 Pro Max:
- O iPhone 15 Pro Max apresenta 82% de vida útil da bateria, com 896 ciclos de carga.
- O iPhone 14 Pro Max, mais antigo e com uso mais intenso, está com 85% de vida útil da bateria.
Em gerações de celulares Android com baterias de silício carbono, é comum ver produtos atingindo 1600 a 2000 ciclos antes de chegar a 80% de capacidade, o que significa uma vida útil potencial de 4 a 5 anos. No caso do 15 Pro Max, a perda de 18% da capacidade após menos de 900 ciclos, em comparação com o modelo anterior, sugere que a geração 15 tem um problema de durabilidade na bateria.
O superaquecimento inicial pode ter sido um fator contribuinte para esses problemas estruturais, afetando conexões, soldas frias e componentes internos relacionados ao carregamento.
A Questão do Reparo Fora da Garantia
Com o problema no MagSafe, o aparelho de dois anos já não está coberto pela garantia padrão. A sorte é que foi contratado o Apple Care+, o seguro estendido da Apple, que ainda está válido.
Em pesquisa, foi apurado que, em casos de falha no MagSafe, a Apple tende a não realizar apenas a troca do componente defeituoso, mas sim oferecer a substituição do aparelho inteiro. No entanto, se o reparo fosse feito fora da garantia padrão em uma assistência não autorizada:
- Haveria a perda da certificação IP68 (proteção contra água).
- A qualidade da peça de reposição (como o resistor ou regulador de amperagem/temperatura do MagSafe) pode ser inferior, resultando em riscos de superaquecimento futuro.
Caso não houvesse Apple Care+, o caminho seria contatar a Apple, que provavelmente não faria o reparo em garantia e ofereceria um aparelho similar (do mesmo modelo, mas recondicionado) por 60% a 70% do valor de um novo. Isso implicaria um custo alto, estimado em cerca de R$ 5.000 para a troca do dispositivo.
Apesar de reconhecer que todas as marcas enfrentam inconsistências geracionais, a experiência com o 15 Pro Max foi decepcionante para um topo de linha. Enquanto modelos Android de ponta (como linhas Galaxy e Xiaomi) mostram baterias com maior longevidade, a Apple ainda parece ter a reparabilidade e a durabilidade da bateria como “calcanhares de Aquiles” em certas gerações.
A expectativa é que o Apple Care+ resolva a situação, possivelmente resultando em um aparelho novo ou no conserto garantido, o que já é um benefício do seguro (pago em torno de R$ 50 mensais). Contudo, o fato de ser necessário um seguro pago à parte para garantir a longevidade de um aparelho topo de linha é um ponto negativo.






