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Olá! Um cenário um pouco diferente hoje: improvisado no quarto de hotel, pois estou em Nova York a convite da Nintendo para participar da Nintendo Switch 2 Experience, onde pude testar o novo console.
Sim, eu mexi no Switch 2 e testei os jogos anunciados no Nintendo Direct de ontem, dia 2. Vim compartilhar com vocês um pouco sobre essa experiência. Fiquem comigo para saber todos os detalhes de como foi tudo isso.
Primeiras Impressões do Nintendo Switch 2
Estive testando o novo console. O Nintendo Direct ocorreu no dia 2, e você está vendo este artigo hoje, dia 3. Fica claro que o Switch 2 não veio para brincar, mas a Nintendo adotou uma postura mais conservadora. É incomum ver a Nintendo fazendo isso, pois eles não trouxeram um console revolucionário, nem mudaram o nome drasticamente (como Super Nintendo Switch ou algo do tipo). Em vez disso, optaram por seguir a receita que já estava dando certo: é o Nintendo Switch 2.
Não posso criticar essa escolha, pois o Switch original está a caminho de se tornar o console mais vendido de todos os tempos, faltando menos de 10 milhões de unidades para ultrapassar o PlayStation 2, um console muito querido no Brasil.
Acredito que a decisão de evoluir em vez de revolucionar foi correta. A Nintendo optou por aprimorar o que já funcionava.
Mario Kart 9 (Nome Provisório)
O Nintendo Direct começou com tudo, apresentando o que parece ser um novo Mario Kart. Este título contará com 24 jogadores simultâneos, resultando em uma bagunça maior do que nunca. Algo que não era esperado é a chegada do modo Open World para o Mario Kart.
Além disso, há um novo modo chamado Noout Tour, que é essencialmente uma corrida longa com seis checkpoints. A cada checkpoint atravessado, os últimos colocados são eliminados.
Eu testei este modo, jogando uma partida um contra um com outro participante, que acabou vencendo. Na partida, havia os outros 22 jogadores controlados pela CPU. É uma corrida mais tradicional, embora inclua novas mecânicas de pulo e novos itens. A animação está mais fluida, os gráficos estão aprimorados, indicando uma evolução significativa no quesito visual do Switch 2.
Testei também o Noout Tour com 24 pessoas jogando simultaneamente, numa corrida para ver quem chegava ao final. Representei o Brasil e fiquei em quarto lugar, perdendo no último checkpoint, fora do pódio.
Hardware: Uma Mudança de Percepção
De forma geral, a sensação com o Switch 2 é que temos um item de tecnologia mais robusto do que um brinquedo. Comparando o Switch 2 com o Switch v1, a evolução é drástica.
- O Switch v1 tinha Joy-Cons um pouco “moles” e um acabamento em plástico mais simples e liso.
- O Switch 2 possui uma textura mais elegante.
Os Joy-Cons do Switch 2 são magnéticos; não há folga, e a peça de hardware é bem mais impressionante, lembrando um pouco o nível de acabamento visto em um Steam Deck, algo que a Nintendo não tinha antes, mesmo na versão OLED.
O Switch 2 ficou maior, melhor e muito mais confortável de segurar. A tela é maior, possui HDR e atinge 1080p com até 120 FPS. Embora se perca a tela OLED, ganhamos outros recursos importantes. Entendo a opção da Nintendo por não usar OLED, pois o console já deve estar mais caro devido às outras sofisticações.
A tela LCD do Switch 2 é muito boa, com cores ótimas e fluidez excelente, como demonstrado no Mario Kart, que se manteve estável em FPS mesmo com a grande quantidade de ação na tela.
Em termos de sensação ao segurar, o Switch 2 parece um “Switch Pro”, mas ele é muito mais poderoso. O poder gráfico é superior ao do console anterior, e as capacidades são aprimoradas.
Joy-Con: Funcionalidade de Mouse
Uma funcionalidade muito interessante, além do Mario Kart em mundo aberto (onde inclusive controlei uma vaquinha!), é que os Joy-Cons agora funcionam como mouse.
Para usar essa função, você coloca o suporte (o “gripezinha” que acompanha o console) nos Joy-Cons e desliza para ativar o sensor óptico na parte inferior, que funciona como um mouse óptico.
Tenho que ser sincero: em jogatinas longas, essa posição do Joy-Con pode gerar algum incômodo nas mãos por ser um pouco estranha. No entanto, este é um problema facilmente solucionável com acessórios impressos em 3D ou periféricos de terceiros que certamente serão lançados para melhorar a ergonomia nesse modo.
Durante uma mesa redonda com desenvolvedores, foi levantado o questionamento sobre como os jogadores usariam o mouse, se precisariam de uma mesa. Foi explicado que o controle foi desenvolvido para funcionar bem em superfícies como o braço de um sofá ou até mesmo na perna de uma calça, permitindo o uso sem a necessidade de uma mesa.
Embora eu não tenha testado esse uso em uma calça, fiquei surpreso com a qualidade da função mouse. É uma opção extra interessante, e alguns jogos de FPS podem se beneficiar de uma mira mais precisa com o mouse em comparação ao controle, onde tive mais dificuldade.
Melhorias nos Joy-Cons e Giroscópio
Os Joy-Cons ficaram mais confortáveis, e o acabamento geral do console está mais amigável às mãos. Mesmo usando um grip personalizado no Switch 1, o Switch 2 é consideravelmente melhor de segurar sem acessórios.
Outra dúvida comum era sobre a conexão magnética dos Joy-Cons. Ela é muito forte; é possível segurar o console inteiro apenas pelo Joy-Con, o que confirma a força do ímã.
Na parte traseira do Switch 2, há um pequeno botão que você precisa empurrar para ajudar a quebrar essa conexão magnética e remover o Joy-Con. A conexão magnética é robusta e consistente, transmitindo uma sensação premium e segura ao jogar.
Donkey Kong Bananza
Consegui testar o novo Donkey Kong, utilizando o novo Pro Controller. Ele é bem parecido com o anterior, mas agora possui botões de ação na parte traseira, algo comum em controles profissionais para jogos competitivos, permitindo a programação de funções extras.
O jogo, chamado Donkey Kong Bananza, é incrível. É uma exploração horizontal onde Donkey Kong usa sua força bruta para destruir tudo. Testamos em uma fase de mina, onde a coleta de minerais (em forma de bananas) envolve quebrar o ambiente inteiro — para cima, para baixo e horizontalmente — em busca de colecionáveis e objetivos.
Embora eu tenha achado o jogo legal na Direct, jogando percebi que ele é incrível e será um dos grandes títulos de lançamento do Switch 2.
Nintendo Switch Online: Chegada do GameCube
Finalmente, os jogos de GameCube chegaram ao Nintendo Switch Online! O serviço de clássicos agora incluirá o GameCube, junto com Super Nintendo, Nintendinho, Game Boy, Mega Drive e Nintendo 64 (e talvez Game Boy Advance).
A Nintendo lançará o controle do Switch Online do GameCube para que os jogadores possam aproveitar esses títulos, embora também funcionem com outros controles. No lançamento, já estarão disponíveis:
- The Legend of Zelda: The Wind Waker
- F-Zero GX
- Soul Calibur (com a opção de jogar com Link como personagem, o que já era possível anteriormente)
Novos jogos serão adicionados com o tempo, e a lista prometida é longa.
Lançamento e Perspectivas para o Brasil
O lançamento do Switch 2 está programado para o dia 5 de junho. Ainda faltam cerca de dois meses, o que dá tempo para economizar. O preço nacional ainda não foi divulgado, mas conversei com a diretora de marketing PR da Nintendo of America para a América Latina.
Ela confirmou que o Switch 2 chegará ao Brasil na mesma semana do lançamento norte-americano. A intenção é que seja no mesmo fim de semana, embora a data oficial ainda não esteja confirmada. Saber que o console chega tão próximo do lançamento global traz tranquilidade.
A Nintendo está focada no Brasil. Tivemos um update recente (dia 2, no dia 3 de visualização deste artigo) adicionando o idioma português para The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, algo raro em atualizações de software da Nintendo. Isso demonstra o interesse da empresa em se aproximar e compensar o tempo em que esteve mais distante do nosso país.
Hardware Mais Moderno
O Switch 2 é mais poderoso. Ele consegue fazer 4K com upscaling no modo dock. O dock agora possui uma ventoinha, diferentemente do modelo antigo que tinha apenas refrigeração passiva.
Temos um hardware mais moderno, com uma GPU capaz de realizar Ray Tracing por hardware, não apenas por software. Além disso, há softwares de upscaling. Os softwares testados provaram a evolução do hardware.
É muito positivo ver que a Nintendo está evoluindo, trazendo um console mais sólido, confiável e aparentemente durável. Sobre o Drift nos Joy-Cons, a Nintendo afirmou que os novos são mais resistentes e firmes, torcendo para que o problema não se repita.
O prospecto é muito positivo. Gostei muito do Switch 2. É cedo para dizer que será um sucesso tão grande quanto o Switch original (que foi um fenômeno, inclusive durante a pandemia, com uma base instalada gigantesca), mas o Switch 2 será um console de enorme sucesso.
Veremos jogos que jamais esperávamos no Switch 1, como Cyberpunk e Street Fighter 6, funcionando no Switch 2, graças à sua capacidade de rodar títulos pesados com recursos como Ray Tracing.
Perguntas Frequentes
- O que mudou nos Joy-Cons do Switch 2?
Eles agora são magnéticos, sem folga, e incorporam um sensor óptico para funcionar como mouse, além de terem um giroscópio mais completo. - Qual a principal diferença de hardware entre o Switch 1 e o Switch 2?
O Switch 2 é significativamente mais potente, suportando 4K com upscaling no modo dock, possui Ray Tracing por hardware e o dock agora conta com refrigeração ativa (ventoinha). - Como funciona o novo modo “Noout Tour” do Mario Kart?
É uma corrida longa com seis checkpoints. Ao atingir cada checkpoint, os competidores que estão em último lugar são eliminados da rodada. - É possível usar o Switch 2 com um mouse sem uma mesa?
Sim, os desenvolvedores pensaram em formas de usar o Joy-Con como mouse sobre superfícies como o braço de um sofá ou até mesmo a perna de uma calça. - Qual a data de lançamento global e para o Brasil?
O lançamento global está marcado para o dia 5 de junho. A Nintendo planeja lançar o console no Brasil na mesma semana que o lançamento americano.
Independentemente de ser fã da Nintendo, é necessário reconhecer a evolução que o Switch 2 traz. O console está entrando em uma nova era, prometendo aguentar muitos lançamentos futuros e títulos mais exigentes.
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