O Teste Definitivo de Drenagem de Bateria 2025

Teste de Duração de Bateria: 16 Celulares em Ação

O ano de 2025 tem sido marcado pela chegada de baterias maiores com tecnologia de carbono silício. No entanto, o tamanho nem sempre é sinônimo de desempenho superior. Por isso, foi realizado um teste exaustivo de drenagem de bateria envolvendo 16 aparelhos diferentes, e os resultados encontrados são surpreendentes.

Preparação para o Teste

Antes de iniciarmos, é importante detalhar como os 16 smartphones participantes foram preparados para garantir a isonomia do teste:

* Todos os dispositivos passaram por um reset de fábrica para uma configuração inicial limpa.
* A saúde da bateria de todos os aparelhos foi verificada, e todos estavam com 100% de integridade.
* Alguns modelos já contam com as mais recentes baterias de carbono silício, enquanto outros utilizam as tradicionais baterias de íon-lítio. Um ícone específico foi usado para identificar a tecnologia de cada bateria.

Configurações Padrão de Teste

Para simular um uso diário realista, todas as configurações foram padronizadas:

* Todos os dispositivos foram conectados à mesma rede Wi-Fi.
* O Bluetooth e a Localização foram mantidos ligados.
* O volume dos alto-falantes foi ajustado para 50%.
* O brilho automático foi desativado, e o brilho da tela foi ajustado manualmente para 500 nits, medido com um luxímetro.
* Todos os celulares foram configurados para o modo de desempenho normal.

Durante todo o processo, focamos em tarefas cotidianas. Não houve jogos ou benchmarks, pois misturar aparelhos flagship com intermediários tornaria a comparação injusta.

Rodada 1: 1 Hora de Rolagem Contínua no Instagram

Começamos com uma das atividades mais comuns: uma hora de visualização contínua de *Reels* no Instagram. Como era inviável rolar manualmente em 16 telas simultaneamente, utilizamos um aplicativo de autoclicker para simular a rolagem ininterrupta.

Ao final da primeira hora:

* O Phone 3 perdeu 13% da bateria, o que equivale a aproximadamente 715 mAh, um consumo considerado alto.
* O Realme P4 demonstrou o melhor desempenho, com uma perda de apenas 4% da carga.

Os resultados parciais após este primeiro teste foram registrados.

Rodada 2: 1 Hora de Reprodução de Vídeos no YouTube

Em seguida, passamos para a reprodução de vídeos por uma hora no YouTube. Durante este ciclo, um dos aparelhos teve seu *timer* travado em 99 minutos, exigindo sua substituição por um reserva.

As leituras finais após duas horas totais de teste (Instagram + YouTube) mostraram algumas mudanças:

* O C47 e o iPhone 16 perderam 9% de bateria cada um nesta segunda rodada, um valor considerável.
* O T4, por outro lado, perdeu apenas 4%.

Após duas horas de uso contínuo (Instagram e YouTube), os resultados agregados eram:

* Vivo e Realme lideravam com 91% de bateria restante.
* O Nothing Phone 3 estava reduzido a 79%.

Rodada 3: 1 Hora de Gravação de Vídeo com a Câmera Frontal (1080p, 30fps)

A terceira rodada foi um teste de estresse intenso: gravar vídeos em 1080p a 30fps usando a câmera frontal por uma hora inteira.

Nesta fase, ocorreram algumas peculiaridades:

* A tela do Nothing Phone ficou escura durante a gravação e, ao ser tocada, a gravação foi interrompida, exigindo reinício.
* Para o iPhone, foi necessário desativar o HDR nas configurações antes de iniciar a gravação.

Ao final desta hora de gravação:

* O iPhone registrou uma perda de 18% da bateria.
* Os que vieram logo após foram o Pixel 10, C47, S60 Fusion e o Nothing Phone 3.
* O Oppo K13 teve um bom desempenho, perdendo apenas 7%.

Após três rodadas, o Vivo T4 mantinha a liderança, enquanto o iPhone 16 estava na lanterna, seguido pelo C47 e pelo Nothing Phone 3.

Rodada 4: 1 Hora de Jogo em Servidor de Subway Surfers

A próxima etapa consistiu em jogar *Subway Surfers* por uma hora contínua em todos os dispositivos.

* A maioria dos celulares teve um desempenho similar. Apenas o Fold 7 teve uma perda de bateria em dois dígitos.
* Nesta fase, o C47 ficou em último lugar, enquanto o Vivo T4 e o Note C5 compartilhavam a liderança.

Rodada 5: 1 Hora de Streaming de Filmes

Em seguida, tentamos transmitir filmes em todos os aparelhos simultaneamente. Como não havia um aplicativo que suportasse tantos dispositivos, utilizamos servidores Nest e Plex para o streaming, o que funcionou bem para a maioria.

* Todos reproduziram os filmes suavemente, exceto pelo G86 Power, que apresentou instabilidade inicial e travamentos do aplicativo, mas foi corrigido.

Após o streaming:

* O iPhone 16 estava com 43%.
* O C47 com 44%.
* O Nothing Phone 3 com 45%.
* O Vivo T4 continuava no topo, com 67%.

Teste Noturno e Retomada

Esgotados, os aparelhos foram desligados para um descanso noturno. Na manhã seguinte, notamos pequenas variações na porcentagem de bateria: a maioria perdeu 1% ou 2%. Surpreendentemente, o Nothing Phone não perdeu bateria alguma, mas o ZFold 7 perdeu 3%, compartilhando a última posição com o iPhone 16 (ambos com 41%).

Rodada 6: 1 Hora de Google Meet (Volume Zero)

A sexta rodada envolveu uma sessão de uma hora no Google Meet, realizada com volume zerado. Este teste drenou a bateria rapidamente.

* O Moto G86 Power e o Realme P4 apresentaram falhas na exibição das câmeras, mas foram corrigidos posteriormente.

Ao final:

* O iPhone 16 caiu para 20%.
* O C47 para 22%.
* O Nothing Phone 3 para 27%.

Rodada 7: 1 Hora de Google Street View

No teste com o Google Street View, tivemos nossa primeira baixa oficial: o Nothing Phone 3 desligou após 7 horas e 57 minutos de teste contínuo.

* O Samsung Fold 7 sobreviveu a esta rodada por uma margem mínima de 2%, ficando com 2%.
* O iPhone ainda possuía 13% de carga.

Rodada 8: 1 Hora de Música no YouTube Music

Ao reproduzir música continuamente no YouTube Music, o Samsung Fold encerrou sua participação após 8 horas e 16 minutos totais de teste.

* O iPhone, com sua bateria pequena, ainda resistia com 4%.
* O Pixel 10 também estava com 4%.
* No topo, o Vivo T4 atingiu 40%, seguido pelo Moto G86 Power com 39%.

Rodada 9: Jogo “Unicorn Evolution” e Testes Finais

Iniciamos a nona rodada com um jogo específico.

* O iPhone foi o próximo a nos deixar após 9 horas e 38 minutos totais, um desempenho impressionante considerando sua capacidade de bateria menor.
* O Pixel 10 desligou após 9 horas e 51 minutos.
* O Xiaomi 15 Ultra chegou a 1% e morreu logo no início da próxima tarefa.
* O OnePlus 13 foi o último a finalizar esta etapa, desligando após 11 horas e 32 minutos.

Restavam 10 celulares. O Vivo X200 Pro e o Moto S60 Fusion estavam com 4%, enquanto o Vivo T4 mantinha 28%. O Poco F7, apesar de ter a maior bateria, não venceu nenhuma rodada.

Rodada Final: Estresse Extremo

Na fase final, restavam sete aparelhos.

1. Gravação de Vídeo (Selfie, 10min): O Note C5 atingiu 2% e se recusou a gravar mais. A gravação foi interrompida em todos.
2. Google Street View (Continuação): O Icono 10 desligou com 13 horas e 58 minutos. O fato de ter gravado 10 minutos com apenas 1% de bateria foi notável.
3. Em seguida, o Poco F7 desligou após 14 horas de uso total.
4. O Note C5 durou 14 horas e 13 minutos, e o Realme P4 encerrou aos 14 horas e 17 minutos.
5. Após mais 30 minutos de Google Maps e o início do Google Meet para finalizar, o Oppo K13 desistiu aos 14 horas e 32 minutos.
6. O Moto G86 Power foi o penúltimo, aos 14 horas e 36 minutos.

O Vivo T4 foi o vencedor absoluto, durando mais 31 minutos com apenas 3% de bateria, atingindo um tempo total de tela ligada (SOT) de impressionantes 15 horas e 7 minutos.

Análise dos Resultados Finais

O Vivo T4 liderou de forma clara. Contudo, o Poco F7, com a maior capacidade de bateria, não alcançou o top 5. O Nothing Phone 3, com sua bateria de carbono silício, ficou na última posição, atrás inclusive do C47.

Isso reforça a ideia de que tamanho de bateria não é tudo. A otimização do software e do hardware é crucial.

Neste aspecto, a Apple demonstrou ser imbatível. O iPhone 16, apesar de ter uma bateria menor, apresentou excelente otimização, especialmente nos últimos 10% de carga, assim como os aparelhos da Vivo.

Assim como mais megapixels não garantem fotos melhores, maior capacidade de bateria não assegura maior tempo de uso. A otimização faz toda a diferença.