Análise da Philips The One Xtra de 65 Polegadas Mini LED
Este artigo detalha as características da televisão topo de linha da Philips para o mercado brasileiro, a The One Xtra de 65 polegadas, que utiliza tecnologia Mini LED. A tecnologia Mini LED se destaca por possuir *backlights* com LEDs menores, o que permite um controle de iluminação mais refinado, aproximando-se da qualidade dos painéis OLED.
Tecnologia Ambilight e o Sistema Operacional
A Philips é conhecida por sua tecnologia Ambilight. A versão presente neste modelo é a Ambilight 3, o que significa que a iluminação LED está presente nas laterais e na parte superior da TV. É mencionado que existe também a Ambilight 4, que incluiria a parte inferior. Para quem utiliza a TV sobre um móvel com os pés, a iluminação de três lados já é bastante interessante, especialmente próxima a uma parede, onde o efeito é mais perceptível.
Um ponto positivo notável é a adoção do sistema operacional Google TV, substituindo o antigo sistema “SAP” da Philips. O Google TV é reconhecido por sua conveniência, visto que a maioria das pessoas possui uma conta Google. A configuração inicial é simplificada e pode ser feita de forma rápida utilizando o aplicativo Google Home, tanto em dispositivos Android quanto iPhone.
Durante a configuração inicial, a TV oferece a opção de pré-selecionar os aplicativos de *streaming* assinados pelo usuário, como Prime Video, Disney Plus, Max, Spotify, entre outros, para que já sejam instalados.
Painel e Ângulo de Visão
A distinção entre os tipos de painel é crucial:
* **Painel VA (Vertical Alignment):** Utilizado por marcas como Samsung e TCL, oferece um contraste ligeiramente superior.
* **Painel IPS (In-Plane Switching):** Utilizado pela Philips e LG neste contexto, proporciona um ângulo de visão significativamente melhor, mantendo a fidelidade das cores mesmo quando vista de lado.
Neste modelo específico da Philips, por ser um painel IPS, abre-se mão de um pouco do contraste que um painel VA poderia oferecer, em troca de uma melhor performance de ângulo de visão.
Tecnologia Mini LED
O grande diferencial da linha é o uso do Mini LED. Diferente dos LEDs tradicionais, os Mini LEDs são até 40 vezes menores. Isso permite que a TV tenha um mapeamento de zonas de iluminação mais preciso no *backlight* de cristal líquido, buscando minimizar o efeito de *blooming* (o vazamento de luz de áreas claras para fundos escuros, como estrelas em um céu preto).
Embora o painel OLED ainda seja superior (onde cada pixel se autoilumina), o Mini LED é a tecnologia que mais se aproxima, pois agrupa LEDs em zonas que podem ser acesas ou apagadas conforme a necessidade.
Desempenho e Recursos de Imagem
A TV é compatível com resolução 4K e oferece uma taxa de atualização de 120 Hz, acompanhada de VRR (Variable Refresh Rate), o que permite que a taxa de atualização seja ajustada dinamicamente conforme a imagem exibida, otimizando a experiência, especialmente em jogos.
Um recurso importante é o suporte a múltiplos codecs de HDR. A Philips The One Xtra é compatível com HDR10+ e Dolby Vision, oferecendo maior versatilidade para consumir conteúdos com estas tecnologias.
O processamento de imagem é feito pelo chip P5, que a Philips descreve como um *Picture Engine*. Tecnicamente, ele atua promovendo o *upscaling*, suavizando detalhes e serrilhados em conteúdos de resoluções inferiores (como 720p ou Full HD) para torná-los mais próximos da qualidade 4K.
Design e Conectividade
A TV, em sua versão de 65 polegadas, é notavelmente leve para o seu tamanho. Pesa 20,8 kg sem os pés, totalizando 21,2 kg com os suportes. O corpo é construído majoritariamente em plástico, uma decisão de design que visa tornar o produto mais acessível, apesar de não ter um acabamento “super *premium*”. Em contrapartida, as bordas são finas, o que é um ponto positivo no visual frontal.
A TV possui 4 portas HDMI:
* **HDMI 1:** Suporta 4K 120 Hz (HDMI 2.1).
* **HDMI 2:** Suporta 4K 120 Hz (HDMI 2.1) e é compatível com ARC/eARC, ideal para conectar soundbars e receber áudio puro.
* **HDMI 3:** Padrão HDMI 2.0.
* **HDMI 4:** Padrão HDMI 2.0.
Além disso, há conectividade de áudio e rede:
* Saída de áudio digital óptica (para *home theater*).
* Coaxial para antena tradicional.
* Porta Ethernet RJ45.
* Duas portas USB tipo A: uma USB 2.0 (5V/500mA) e uma USB 3.0 (azul, com maior voltagem, ideal para HDs externos).
* Conector P2 (3.5mm) para fone de ouvido ou saída de áudio analógica.
* Porta de serviço (uso restrito a assistência técnica).
Configurações de Áudio
O sistema de áudio nativo conta com 40W de potência (2.0 canais estéreo, 20W por falante). Embora TVs geralmente não ofereçam um áudio excepcional (o que justifica o uso de *soundbars*), os 40W são considerados um som “OK” dentro da categoria Mini LED. O modelo ainda possui suporte para codecs de áudio avançados como Dolby Atmos e DTS:X, que atuarão se o conteúdo reproduzido for compatível e se houver um sistema de som externo conectado capaz de decodificá-los.
Considerações Finais e Preço
Este modelo oferece uma proposta de valor muito interessante ao incluir tecnologias de ponta como Mini LED, Ambilight 3, Google TV, 120Hz com VRR, e suporte aos codecs Dolby Vision e HDR10+.
No momento da análise, o modelo de 65 polegadas estava com preços em torno de R$ 5.000, enquanto a versão de 55 polegadas era encontrada na faixa de R$ 3.700 a R$ 4.000.
Perguntas Frequentes
- O que significa Mini LED em uma TV?
Mini LED refere-se ao tamanho dos LEDs usados no *backlight* da TV. Eles são muito menores que os LEDs comuns, o que permite maior controle sobre as zonas de iluminação e melhora o contraste, aproximando-se da qualidade OLED. - Qual a principal vantagem do painel IPS usado nesta TV?
O painel IPS garante um ângulo de visão superior, mantendo a fidelidade das cores mesmo quando a TV é observada de lado, em comparação com painéis VA que priorizam o contraste. - Por que a porta HDMI 2 é especial?
A porta HDMI 2 suporta o padrão HDMI 2.1, permitindo a transmissão de sinais 4K a 120 Hz e a funcionalidade ARC/eARC, essencial para áudio de alta qualidade com *soundbars*. - Como o processador P5 afeta a imagem?
O processador P5, ou *Picture Engine*, é responsável por aprimorar conteúdos de resolução inferior através do *upscaling*, suavizando artefatos e serrilhados para que a imagem se aproxime da resolução 4K nativa. - É possível configurar a TV usando um iPhone?
Sim, é possível configurar a TV com Google TV usando um iPhone através do aplicativo Google Home, aproveitando a conveniência de vincular sua conta Google.






