Smart Band 9 Active: A Xiaomi Continua Errando Nessa Versão Inferior da Mi Band?

Análise da Xiaomi Smart Band 9 Active: Uma Regressão em Relação às Gerações Anteriores

A Xiaomi Smart Band 9 Active chegou ao mercado gerando preocupações, especialmente após a decepção com a versão anterior, a Smart Band 8 Active, que entregou menos do que o esperado para uma Mi Band. É visível que a empresa tentou corrigir os erros da geração passada nesta nova iteração. No entanto, ao examinarmos este novo modelo com atenção, percebemos que a proposta parece ser, mais uma vez, o corte de custos, o que resulta em um produto inferior.

Design e Construção

Ao pegar a Smart Band 9 Active em mãos, a primeira impressão é que ela é um modelo “grosseiro” em comparação com outras ofertas da linha. O design é bastante similar ao da Mi Band 8 e também lembra a Mi Smart Band que foi descontinuada.

O corte de custos é notório no aproveitamento da tela. Há um corte absurdo na área útil do display. Para ilustrar a diferença, comparando com a Mi Band 8 Pro, que utiliza toda a frente do dispositivo, a Active apresenta uma telinha bem menor, espremida em uma moldura. Enquanto modelos como a Mi Band normal e a Pro aproveitam melhor o espaço frontal, a Active parece ter uma tela bem reduzida.

A Questão da Tela: Um Retrocesso Significativo

A tela é um dos pontos mais críticos deste aparelho. É imediatamente perceptível que, diferentemente de modelos AMOLED que mantêm a tela ativa, esta versão apaga assim que a interação cessa. A configuração de tela sempre ativa (Always On) não está disponível. Mesmo configurando o tempo de bloqueio para o máximo (5 minutos), não há a opção de mantê-la acesa o tempo todo, o que é um recurso padrão em outros dispositivos da linha.

Além da ausência do Always On, a qualidade da tela é muito inferior. Ela parece utilizar um painel TFT, em vez do AMOLED ou OLED comum nas Mi Bands tradicionais. Ao mover o dispositivo e olhar de ângulos diferentes, as cores mudam e os elementos no fundo desaparecem ou ficam mal visíveis. Isso exige que o usuário olhe diretamente para o pulso para ter uma leitura clara, o que é uma experiência “horrível”, especialmente em ambientes externos sob luz solar direta.

A baixa resolução também afeta a legibilidade, tornando os textos, como “Treino” ou “Estatísticas”, muito pequenos e difíceis de ler, já que o painel não exibe a informação de forma otimizada como nas Mi Bands com telas mais nítidas.

Configurações e Recursos Simplificados

As opções de configuração na Active são extremamente limitadas, indicando que este é um sistema “ultra simplificado” da Xiaomi:

* Brilho: Não há ajuste automático de brilho, o que é uma diferença notável em relação a modelos superiores, embora seja algo que se possa viver sem.
* Levantar para ligar a tela e Cobrir para suspender: Estão presentes, mas são funções básicas.
* Vibração: Apenas opções de sim ou não, sem intensidades diferentes.
* Sistema: Apenas reiniciar e desligar. Não há outras opções avançadas.

Em comparação com a Mi Band 8, o modelo Active claramente carece de recursos que são padrão nas bandas comuns, como a possibilidade de configurar o brilho automaticamente ou ter opções variadas de intensidade de vibração.

Recursos de Saúde e Esporte

Embora a Xiaomi Smart Band 9 Active inclua monitoramento de saturação de oxigênio no sangue, sono e estresse, além de eventos e música, essas são funcionalidades que dispositivos mais antigos da marca já oferecem há anos.

* Frequência Cardíaca: Foi impossível medir a frequência cardíaca sem apoiar a mão corretamente, o que levanta dúvidas sobre a qualidade do sensor, comparada a outras gerações.
* Modos de Esporte: Menciona-se que as bandas tradicionais oferecem 100 ou 120 monitoramentos de esporte, enquanto este modelo simplificado deve ter um número muito menor (apenas 50 modos listados).
* Resistência à Água: Possui resistência de 5 ATM, o que é o padrão esperado para as Mi Bands.

Conclusão: Vale a Pena Comprar?

A Mi Band Active 9, assim como a 8 Active, representa uma versão inferior do produto principal da Xiaomi. Não há razão para economizar comprando este modelo, pois você está adquirindo um produto inferior.

Se o orçamento for apertado, é melhor economizar um pouco mais e adquirir uma Mi Band “de verdade” (como a 8 ou 9 padrão). A diferença de preço é pequena (cerca de R$ 150 na comparação feita), mas a melhoria na qualidade da tela (AMOLED vs. TFT) e a inclusão de recursos essenciais, como o Always On, fazem a diferença de forma gritante.

A Mi Band tradicional oferece uma tela compacta, leve, de alta qualidade e, geralmente, com bateria que dura no mínimo uma semana. A Active, por outro lado, parece ser um passo atrás, um dispositivo tão simplificado que não justifica o nome Mi Band.

Perguntas Frequentes

  • O que diferencia a tela da Smart Band 9 Active das outras Mi Bands?
    A Smart Band 9 Active parece utilizar um painel TFT de baixa qualidade, que muda drasticamente de cor e legibilidade quando vista fora do ângulo frontal. As Mi Bands padrão utilizam telas AMOLED ou OLED, que são superiores em qualidade de imagem e ângulos de visão.
  • É possível usar a função Always On Display (tela sempre ativa) na Active?
    Não, este modelo não possui a opção de tela sempre ativa. A tela apaga após um curto período de inatividade.
  • Por que a tela da Active parece ter um aproveitamento menor?
    O design da Active apresenta uma moldura grande em torno da tela, resultando em um aproveitamento de área bem reduzido em comparação com a Mi Band padrão ou Pro.
  • Qual a recomendação se o orçamento for muito limitado?
    Recomenda-se evitar a versão Active e procurar por um modelo Mi Band padrão (como a 8 ou 9), que, apesar de custar um pouco mais, oferece uma experiência de uso exponencialmente melhor, especialmente em relação à tela.
  • Como é a simplificação das configurações neste modelo?
    As configurações são extremamente básicas, faltando ajustes importantes como brilho automático e opções variadas de intensidade de vibração, típicas de modelos mais avançados.